A produção de soja no Brasil pode atingir um novo recorde em 2024, segundo análises recentes da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema). Apesar da leve queda nos preços da commodity no mercado interno entre os dias 21 e 27 de março, o volume colhido em estados como Mato Grosso impulsiona as projeções.
A valorização do dólar, que oscilou entre R$ 5,70 e R$ 5,75 no período, e os prêmios positivos entre US$ 0,75 e US$ 1,15 por bushel nos portos ajudaram a sustentar os preços internos da oleaginosa. No Rio Grande do Sul, onde a safra foi prejudicada, a saca de 60 quilos foi negociada a R$ 125,00, enquanto a média estadual foi de R$ 127,60. Em outras regiões do país, os valores variaram entre R$ 104,00 e R$ 119,00 por saca.
A guerra comercial entre Estados Unidos e China favorece o Brasil, que vê as exportações crescerem. Se os prêmios nos portos estivessem mais baixos, o mercado interno registraria preços significativamente menores. Projeções indicam que, sem essa valorização, a média gaúcha estaria em torno de R$ 112,00 por saca, uma queda de R$ 13,00.
No campo, a colheita avança. Até o final da semana passada, 74% da área plantada já havia sido colhida, superando o ritmo do ano anterior. No entanto, a consultoria AgRural reduziu sua estimativa de produção nacional para 165,9 milhões de toneladas, devido à quebra da safra no Rio Grande do Sul. O estado pode colher entre 11 e 13,2 milhões de toneladas, uma redução de 50% a 60% em relação às projeções iniciais.
Mesmo com esse revés, a produção brasileira deve superar o recorde anterior de 155,7 milhões de toneladas registrado na safra 2022/23. Mato Grosso se destaca como principal produtor do país, com uma safra estimada em 49,5 milhões de toneladas, superando até a produção da Argentina, que deve atingir 48,6 milhões de toneladas.
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🎥: Fonte | agenciadanoticia