Um crime ambiental gravíssimo chocou o país neste final de semana. Uma onça-pintada, espécie ameaçada de extinção e protegida por lei, foi cruelmente abatida nas imediações da Aldeia Santa Isabel do Morro, na Ilha do Bananal (TO), território indígena reconhecido por sua importância ambiental e cultural.
Segundo relatos de moradores locais, o responsável pela morte do animal não é indígena. Trata-se de um homem oriundo de Porto Alegre do Norte (MT), que vive na aldeia em convívio com uma indígena. Ele teria participado de uma caçada em grupo e sido diretamente responsável pelo disparo fatal. O caso ganha contornos ainda mais revoltantes com a informação de que a morte do animal foi comemorada por alguns presentes, atitude incompatível com os valores historicamente defendidos pelas comunidades indígenas da região.
Investigações preliminares apontam que o grupo planejava extrair os dentes da onça, prática típica do comércio ilegal de partes de animais silvestres — atividade criminosa com penas previstas pela Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais). A legislação brasileira é clara: matar animal silvestre, especialmente uma espécie ameaçada como a onça-pintada (Panthera onca), configura crime ambiental com pena de até um ano de detenção, agravada em casos como este.
Fontes próximas à comunidade denunciam a ausência de fiscalização e questionam a atuação dos órgãos ambientais. “É um absurdo. Estão matando animais protegidos dentro de território indígena, e ninguém faz nada?”, desabafa uma moradora, sob anonimato.
O episódio lança luz sobre uma falha sistêmica: a fragilidade da fiscalização ambiental mesmo em áreas que deveriam ser prioritárias para a conservação. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Ministério Público Federal (MPF) são pressionados a agir com urgência.
A morte da onça-pintada não é um fato isolado — é reflexo do avanço da impunidade, da degradação e do desmonte dos mecanismos de proteção ambiental. O Brasil assiste à destruição silenciosa de seu patrimônio natural enquanto crimes como esse continuam sem resposta efetiva.
A pergunta que ecoa é: quem vai responder por isso?
✅️Siga nossos canais: ➡️ @boravermt ➡️ @boravermais ➡️ @boravercanarana
🎥: Fonte | araguaianoticia