Em mais uma ação incisiva contra a criminalidade organizada, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), deflagrou na manhã desta sexta-feira (18) uma operação para desarticular um esquema criminoso responsável por coordenar a ocupação irregular de uma área pública na capital mato-grossense.
As investigações, que estão em curso há semanas, tiveram início a partir de múltiplas denúncias anônimas enviadas à ouvidoria do Ministério Público. Com base nas informações coletadas, o órgão identificou um grupo estruturado que contava não apenas com a autorização de uma facção criminosa atuante no estado, mas também com o suporte direto de servidores públicos – o que agrava ainda mais o quadro de corrupção sistêmica.
Segundo os promotores responsáveis pelo caso, a organização agia com elevado grau de planejamento. A área invadida era meticulosamente dividida em ruas e lotes, que ficavam sob a supervisão de membros específicos do grupo. Esses indivíduos eram encarregados de repassar as instruções aos novos invasores, além de cobrar valores pelas “posses” ilegais, funcionando como uma espécie de “administração paralela” do espaço público tomado de forma ilícita.
Durante a operação, realizada com mandados de busca, apreensão e prisão, várias pessoas foram detidas em flagrante no local. Os suspeitos serão responsabilizados pelos crimes de integrar organização criminosa, esbulho possessório, corrupção ativa e corrupção passiva.
Fontes do Gaeco afirmaram que a investigação prossegue com foco na identificação de todos os envolvidos, especialmente os agentes públicos que estariam facilitando as invasões em troca de vantagens indevidas. A área exata da ocupação, por questões estratégicas e de segurança, ainda não foi divulgada.
O Ministério Público reforçou que qualquer cidadão pode contribuir com as investigações encaminhando informações de forma anônima por meio dos canais oficiais de denúncia.
A operação de hoje evidencia, mais uma vez, o comprometimento do Gaeco em coibir o avanço de práticas criminosas relacionadas à grilagem urbana, que comprometem a ordem pública, o direito à moradia regular e a função social da propriedade.
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🎥: Fonte | g1