Em crítica aos gastos públicos do governo Lula (PT), o deputado federal José Medeiros (PL-MT) afirmou que “o PT gosta do voto dos pobres e do dinheiro dos ricos”. Segundo ele, o partido é incoerente e já teve diversas oportunidades de implementar a chamada “justiça social e tributária”, mas não o fez. Pelo contrário, aumentou a carga tributária, penalizando justamente os mais pobres.
Medeiros argumenta que, mesmo tendo vencido cinco das últimas seis eleições presidenciais e conquistado, em várias ocasiões, maioria na Câmara e no Senado, o PT optou por fortalecer grandes empresários em vez de aliviar a carga sobre a população de baixa renda.
“Teve todas as condições para fazer a justiça social que tanto prega, mas preferiu beneficiar seus aliados econômicos”, afirmou.
O parlamentar também relembrou a política das chamadas “campeãs nacionais”, adotada nos governos Lula e Dilma (2007–2014), que destinou apoio bilionário, com recursos públicos via BNDES, a grandes empresas como JBS, Odebrecht e Marfrig.
“A JBS saiu de um pequeno frigorífico para se tornar a maior empresa do mundo com dinheiro do BNDES. E hoje ainda se fala que Joesley pode ser vice de Lula. Isso mostra o verdadeiro lado do PT: gosta do voto dos pobres e do dinheiro dos ricos. Engana os dois”, declarou.
Medeiros também criticou o aumento da carga tributária do governo sobre a população. “Quem taxou as blusinhas? Quem voltou a cobrar imposto sobre combustíveis? Quem aumentou impostos sobre painéis solares e carros elétricos? Alguém que diz não querer tributar os pobres faria isso?”, questionou.
O deputado também rebateu a narrativa do governo federal de que o Congresso “tirou dinheiro dos mais pobres” ao derrubar o decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Para Medeiros, o que o governo não quer admitir é que o IOF é um imposto regressivo, que pesa mais sobre quem tem menos.
“O IOF incide sobre empréstimos, crediários, financiamentos e até sobre o rotativo do cartão de crédito — ou seja, afeta diretamente quem mais precisa de crédito para sobreviver. O governo tenta se passar por defensor dos pobres, mas é justamente sobre eles que ele joga a conta”, afirmou.
Para Medeiros, o discurso petista não condiz com a prática. “O discurso é bonito, mas na prática é só enganação. Usam a narrativa de justiça social como fachada para favorecer elites amigas e manter os pobres dependentes do governo”, concluiu.