ao invadirem a 54ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) para linchar e incendiar vivo, o homem acusado de matar a facadas a companheira e ferir gravemente a enteada.
De acordo com as informações apuradas, José Andrei de Matos Rodrigues, 36 anos, esfaqueou Valdilene da Silva Prestes, de 44 anos, no meio de uma discussão e em seguida, atacou a filha da mulher, 21 anos, e fugiu. A jovem foi socorrida e permanece internada no Hospital Frei Francisco, com quadro estável.
Algumas horas depois, uma equipe de policiais localizou o agressor e o conduziram até a delegacia. Ainda assim, a prisão não foi suficiente para conter a revolta da população. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram dezenas de moradores concentrados em frente à delegacia, protestando com gritos e gestos de fúria. Em meio à tensão, o grupo atirou pedras, pedaços de madeira, coquetéis molotov e até fogos de artifício contra o prédio, intensificando o clima de caos e violência.
Mesmo com a presença de policiais civis no local, a multidão arrombou os portões da delegacia, ateou fogo na parte externa do prédio e invadiu as instalações. Nem a presença de crianças entre os manifestantes foi suficiente para conter a violência.
Dentro da unidade, os invasores retiraram José Andrei da cela à força e iniciaram uma sessão de espancamento, utilizando socos, chutes, pedras e pedaços de madeira.
Após ficar desacordado, o acusado foi vítima de um ato ainda mais extremo: um dos populares jogou um líquido inflamável sobre seu corpo e ateou fogo. José Andrei morreu no local, completamente carbonizado.
Em nota, a Polícia Civil do Amazonas informou que está tomando as medidas cabíveis para identificar e responsabilizar os envolvidos na invasão e na execução. Até o momento, ninguém foi preso.
A Polícia Militar enviou reforços do Batalhão de Choque para a cidade, com o objetivo de conter novos distúrbios e garantir a restauração da ordem pública.
A Secretaria Municipal de Saúde de Tonantins também se manifestou, informando que outros detentos que estavam na delegacia passaram mal durante o ataque, em meio ao pânico e ao medo de também serem agredidos. Todos receberam atendimento médico.