Ana Carolina Guerra da Redação
O médico Claudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica que acompanha Jair Bolsonaro (PL), confirmou nesta quarta-feira (17) que exames identificaram duas lesões compatíveis com câncer de pele no ex-presidente da República. Bolsonaro deixou o Hospital DF Star, em Brasília, por volta das 13h40, após ter sido internado na tarde de ontem devido a crises de soluço, vômito e pressão baixa. Ele passou a noite em observação.
De acordo com boletim médico divulgado nesta tarde, as análises do material biológico retirado em procedimento realizado no último domingo (14) apontaram “presença de carcinoma de células escamosas in situ” em duas das oito lesões removidas. As áreas afetadas estavam localizadas no tórax e em um dos braços do ex-presidente.
“Duas das lesões vieram positivas para o carcinoma de células escamosas, que não é nem o mais bonzinho e nem o mais agressivo, mas, ainda assim, é um câncer de pele”, explicou Birolini.
O médico destacou que as alterações foram detectadas de forma precoce e que, por enquanto, não há necessidade de tratamento complementar.
“O que ele vai ter que fazer é ser avaliado periodicamente para ver se outras lesões apresentam suspeitas. Com relação a essas, elas foram retiradas, mas, pela característica da pele dele, por ter tomado sol sem proteção, é caso de avaliação periódica. Não é caso de nenhum tratamento coadjuvante agora”, acrescentou o cirurgião.
Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar e foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por participação em tentativa de golpe de Estado, deverá apresentar atestado médico ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).