Ana Carolina Guerra da Redação
A cena política em Mato Grosso ganhou novos capítulos após uma publicação da deputada estadual Edna Sampaio (PT) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em um vídeo publicado nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro aparece relatando encontros com autoridades norte-americanas para tratar de questões políticas do Brasil. “Nosso trabalho principal aqui é levar a realidade dos fatos para dar a exata dimensão na cabeça das autoridades americanas. Aqui eles têm diversos instrumentos para agir, como sanções”, disse Eduardo, citando diálogo com o senador republicano Marco Rubio e outros parlamentares dos Estados Unidos.
A gravação foi interpretada por setores da oposição como uma tentativa de articulação internacional contra o país. Edna reagiu duramente em seu perfil no Instagram, classificando a atitude como traição. “Um lesa-pátria confesso. Por anistia dos crimes da família Bolsonaro, tramam destruir o Brasil. Bandido bom é bandido preso!”, escreveu a deputada.
A declaração provocou reação imediata do estudante de jornalismo e ativista de direita em Mato Grosso, Guilherme Oliveira, que costuma se posicionar nas redes sociais contra parlamentares do PT. Ele ironizou a fala da deputada ao questionar: “Se o ato do Eduardo Bolsonaro for crime, a rachadinha seria o quê?”.
O embate expôs mais uma vez a polarização política em torno da família Bolsonaro e do governo petista. De um lado, parlamentares e militantes de esquerda apontam Eduardo Bolsonaro como responsável por enfraquecer a imagem do país no exterior. Do outro, apoiadores da direita defendem que as denúncias de corrupção envolvendo aliados do PT e antigos escândalos, como o caso das “rachadinhas”, também deveriam ser alvo de críticas.
Enquanto isso, a fala de Eduardo Bolsonaro repercute em meio às discussões sobre relações internacionais e possíveis sanções externas contra o Brasil. Já no plano estadual, o episódio alimenta a disputa ideológica que tem marcado a política mato-grossense, onde figuras como Edna Sampaio e Guilherme Oliveira personificam visões políticas opostas que se chocam publicamente nas redes sociais.
