O número de acidentes causados por animais peçonhentos na capital mato-grossense disparou 61,5% nos primeiros três meses de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que divulgou os dados na última sexta-feira (11). O aumento expressivo reforça o alerta das autoridades sanitárias para medidas preventivas, principalmente em bairros mais vulneráveis à presença desses animais.
Os escorpiões permanecem no topo do ranking das ocorrências, com 73 registros entre os 114 atendimentos realizados apenas no mês de março. As aranhas aparecem em seguida com 9 casos, além de duas ocorrências com serpentes e outras 12 envolvendo animais não especificados, mas classificados como peçonhentos. A letalidade desses encontros não foi informada, mas o volume de incidentes já mobiliza campanhas de orientação nos pontos mais críticos da cidade.
A Grande Morada da Serra segue como epicentro dos acidentes, com registros recorrentes desde janeiro. Os bairros Residencial Coxipó e Despraiado também integram a lista das áreas mais atingidas, evidenciando um padrão geográfico de incidência. Segundo especialistas em saúde pública, o crescimento urbano desordenado, aliado à ausência de manejo adequado de resíduos e terrenos baldios, são fatores determinantes para a proliferação desses animais.
O acumulado de 343 casos entre janeiro e março — sendo 128 em janeiro, 101 em fevereiro e 114 em março — indica que a curva de crescimento se mantém estável, embora elevada. Os dados reforçam a necessidade de ações coordenadas entre o poder público e a população, sobretudo com a chegada de períodos mais quentes e úmidos, que favorecem o aumento da atividade desses animais.
Para reduzir os riscos e evitar acidentes, a SMS recomenda as seguintes medidas preventivas:
– Utilizar calçados fechados e luvas durante atividades de jardinagem ou ao manusear entulhos e materiais de construção;
– Evitar o acúmulo de entulhos, folhas, madeiras e materiais inservíveis dentro e ao redor das residências;
– Verificar roupas, sapatos, toalhas, roupas de cama e de banho antes de usar;
– Manter camas afastadas das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários ou no chão;
– Realizar limpeza frequente de móveis, cortinas, quadros, prateleiras e cantos de parede;
– Vedar frestas, buracos em paredes, rodapés, forros e caixas de gordura, além de manter esses locais limpos;
– Limpar regularmente jardins, quintais e o entorno das casas, eliminando possíveis esconderijos;
– Evitar a presença de trepadeiras, entulhos, bananeiras e manter a grama sempre aparada;
– Solicitar ou realizar a limpeza de terrenos baldios próximos às residências.
A presença de escorpiões, aranhas e serpentes em áreas urbanas evidencia falhas estruturais de saneamento e controle ambiental. Enquanto a população sofre com os riscos, os números crescentes demonstram que o problema está longe de ser pontual — e exige respostas rápidas, eficazes e contínuas.
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🎥: Fonte | g1