Uma operação de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no km 1089 da BR-163, em Guarantã do Norte (MT), resultou na apreensão de mais de 2.700 bisnagas de emulsão encartuchada, um tipo de explosivo com alto poder de destruição, frequentemente associado a ações de quadrilhas especializadas em ataques a instituições financeiras. A apreensão ocorreu por volta das 23h de sábado (12), em um trecho estratégico da rodovia que liga o estado de Mato Grosso ao Pará.
O material estava escondido de forma precária no porta-malas e no banco traseiro de um veículo de passeio, evidenciando o alto risco da operação para os policiais envolvidos, além do flagrante desrespeito à legislação sobre transporte de substâncias perigosas. Dois homens ocupavam o veículo e afirmaram ter como destino final o distrito de Moraes Almeida, em Itaituba (PA) — uma localidade que já foi citada em investigações anteriores como rota de abastecimento logístico para grupos criminosos que atuam na região Norte.
A PRF confirmou que um dos homens assumiu a responsabilidade pela carga e foi preso em flagrante por transporte ilegal de explosivos, sem qualquer tipo de autorização dos órgãos competentes, conforme determina a legislação federal. O caso foi encaminhado às autoridades da Polícia Federal, que deverão aprofundar as investigações para identificar a origem, a rede de distribuição e o destino final do material apreendido.
A emulsão encartuchada é um artefato comumente utilizado em explosões de grande impacto, como as empregadas por quadrilhas que realizam o chamado “novo cangaço” — modalidade de ataque em que grupos fortemente armados invadem cidades, sitiando a população e destruindo agências bancárias para roubar cofres e caixas eletrônicos.
Essa apreensão coloca novamente em evidência a fragilidade das rodovias federais frente ao tráfico de armamentos e explosivos, e levanta questionamentos sobre a eficiência das barreiras logísticas em pontos estratégicos do país. O trecho onde a carga foi interceptada é amplamente utilizado por transportadoras, viajantes e, como ficou claro, também por organizações criminosas com atuação interestadual.
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🎥: Fonte | g1