O grupo ativista digital Sleeping Giants Brasil (SGB) recebeu um pouco mais de R$ 2,4 milhões da Ford Foundation e da Open Society Foundation (OSF) em 2022 e 2023, segundo um balanço publicado nos sites das duas companhias. A OSF é controlada pelo bilionário George Soros. O SGB ficou conhecido por intimidar empresas na internet para cancelar e desmonetizar propagandas em veículos de comunicação. As duas fundações estão presentes em diversos países promovendo financiamentos a organizações não governamentais (ONGs) e pautas da esquerda, como a promoção do aborto, a descriminalização das drogas, a disseminação da agenda de gênero e o “cancelamento” de conservadores na internet. Fundações que apoiaram a Sleeping Giants De acordo com os dados publicados no site da Open Society Foundation, a instituição doou US$ 600 mil (atualmente, quase R$ 2 milhões) para o Sleeping Giants. A entidade de George Soros chamou o financiamento de “bolsa” e afirmou atuar na construção de “democracias vibrantes”. Segundo a OSF, as bolsas são destinadas a organizações, mas também podem ser ofertadas a indivíduos que se encaixem nas diretrizes do programa. Já a Ford Foundation divulgou em seu site o envio de US$ 100 mil (hoje, cerca de R$ 490 mil) para o Sleeping Giants, em 2023, dentro de um programa de “combate à desinformação, notícias falsas e discurso de ódio em plataformas digitais”. Difamação e viés político Apesar de se declarar apartidário, o Sleeping Giants Brasil ganhou notoriedade ao atacar veículos de comunicação que não são alinhados com as pautas defendidas pela esquerda, como, por exemplo, a Jovem Pan. Na semana passada, a emissora ganhou uma briga judicial contra a milícia digital no âmbito de uma ação civil movida pelo veículo de comunicação. + Veja: Justiça condena Sleeping Giants Brasil por difamação contra Jovem Pan O Sleeping Giants Brasil foi condenado pelo crime de difamação contra a Jovem Pan depois de deflagrar uma campanha para desmonetizar a emissora. A campanha fez com que mais de 60 empresas cancelassem seus contratos com a Jovem Pan. Mayara Stelle e Leonardo Leal, fundadores do Sleeping Giants. O grupo ficou conhecido por intimidar empresas na internet para cancelar e desmonetizar propagandas em veículos de comunicação | Foto: Divulgação/UEPG Mynd8 O viés político do SGB ficou ainda mais claro diante do silêncio do grupo em relação ao caso da Mynd8, empresa responsável por mais de 30 perfis de fofoca e ativismo político, dentre os quais dois deles têm sido apontados como responsáveis pela morte da jovem Jéssica Canedo, de 22 anos. A jovem cometeu suicídio depois de ter sido alvo de difamação dos perfis Garoto do Blog, Alfinetadas e Choquei. Este último foi agenciado pela Mynd8 até dezembro de 2021. Jéssica se matou depois da grande repercussão de uma publicação que afirmou falsamente que ela manteria um caso amoroso com o humorista Whindersson Nunes. O alcance fez com que a jovem recebesse uma onda de ataques nas redes sociais. Muitos dos influenciadores da Mynd8 apoiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governo nas redes sociais. Responsáveis pelo SGB Os responsáveis pelo Sleeping Giants Brasil têm o apoio declarado de personalidades da esquerda e transitam até por eventos do Supremo Tribunal Federal (STF). Em setembro do ano passado, a estudante de direito e co-fundadora do SGB, Mayara Stelle, palestrou em um evento promovido pelo STF sobre o “combate à desinformação e defesa da democracia”. + Leia as últimas notícias sobre Política no site de Oeste Mayara palestrou em um painel liderado pelo ministro Alexandre de Moraes. Em sua fala, Mayara defendeu ameaças a empresas e disse que a liberdade na internet é “romantizada”, o que faz dela uma “terra sem lei”. Três meses antes, Moraes havia contrariado a Procuradoria-Geral da República (PGR) e arquivado um inquérito da Polícia Civil de São Paulo que investigava o grupo de ativismo político Sleeping Giants Brasil por suposta prática do crime de difamação contra a emissora Jovem Pan. + Leia também: Sleeping Giants Brasil na mira da Câmara dos Deputados