O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou na segunda-feira dia (7) a atualização da chamada “lista suja” do trabalho escravo, com seis novas inclusões de pessoas físicas e jurídicas de Mato Grosso. O estado aparece com 20 “representantes” na lista, que reúne aqueles flagrados explorando trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Entre os estreantes, a Guizardi Júnior Construtora e Incorporadora, de Cuiabá, de propriedade de Miguel Guizardi Júnior e Marlene Maria Belatto, figura por conta de uma decisão administrativa que identificou cinco trabalhadores em condições degradantes em um canteiro de obras na zona rural de Chapada dos Guimarães, a 64 km da capital. Além disso, Manoel dos Santos, dono da Fazenda Sonho Meu, também de Cuiabá, foi incluído na lista por ter sido flagrado com três trabalhadores em situação análoga à escravidão.
No interior, outros nomes chamam atenção, como Rainer Dowich, da Fazenda Eldorado, em Itaúba (573 km de Cuiabá), que teve cinco trabalhadores encontrados em condições irregulares. Tomas Andrzejewsk, produtor rural de Vila Bela da Santíssima Trindade (523 km da capital), foi responsabilizado por manter sete trabalhadores em regime análogo ao de escravidão. Welmiston Aparecido Oliveira Borges, proprietário do Sítio Vista Alegre, em Cáceres (222 km de Cuiabá), foi flagrado com um trabalhador nessas condições.
A Madeireira Medianeira, localizada em Nova Maringá, e seus sócios Conceição Aparecida Barbieri Dockhorn, Eduardo Dockhorn e Lindalva Berto Dockhorn, também foram incluídos na lista com sete trabalhadores explorados.
A “lista suja” do MTE é uma ferramenta de combate ao trabalho escravo no país, com as empresas e indivíduos que constam no rol sendo penalizados com restrições de crédito e outras sanções, em uma tentativa de erradicar essa prática criminosa.