Depois de passar 16 dias internada em estado crítico, Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, faleceu na madrugada desta quarta-feira (25), no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). A jovem teve 90% do corpo queimado após ser atacada pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento. O crime chocante está sendo investigado como feminicídio pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A tragédia ocorreu no dia 9 de setembro, quando Juliana foi brutalmente queimada. Desde então, ela estava em coma no HMC. Durante o último final de semana, a jovem chegou a acordar e, em uma breve conversa com sua mãe, conseguiu relatar detalhes do ataque. No entanto, seu estado de saúde voltou a se agravar e ela foi intubada novamente.
Infelizmente, Juliana não resistiu às graves queimaduras e faleceu nas primeiras horas desta quarta-feira.
O suspeito do crime, Djavanderson de Oliveira de Araújo, de 20 anos, também sofreu queimaduras em cerca de 50% do corpo e está internado no mesmo hospital. Ele recebeu voz de prisão no dia 16, dentro da unidade médica, onde permanece sob cuidados e escolta policial. Djavanderson é acusado de ter provocado o incêndio que feriu tanto ele quanto Juliana.
A equipe da DHPP foi acionada por volta das 5h para realizar os procedimentos necessários à liberação do corpo de Juliana. A jovem, que era natural de Rio Branco, no Acre, não teve informações divulgadas sobre o velório e o sepultamento até o momento.
O crime abalou profundamente a comunidade local e reacendeu discussões sobre a violência contra a mulher, especialmente em casos de feminicídio, onde o agressor é geralmente uma pessoa próxima da vítima. Juliana, ainda tão jovem, se tornou mais uma vítima dessa cruel realidade. As autoridades continuam investigando o caso para reunir mais detalhes sobre o ocorrido.