Agronegócio Oeste entrevistou o primeiro brasileiro a comandar o Conselho Mundial da Avicultura Artur Piva – 26 jan 2024 18:15 a- A+ O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango | Foto: Lucas Cardoso/Embrapa Aves e Suínos De acordo com Ricardo Santin, “aplicar hormônio no frango seria jogar dinheiro fora”. Ele preside o Conselho Mundial da Avicultura — o principal representante dos produtores desses animais no planeta. “O hormônio demora 60 dias para começar a fazer efeito, enquanto o abate ocorre 40 dias depois do nascimento do frango”, disse Santin em entrevista à Revista Oeste. Ele chegou à presidência do Conselho Mundial da Avicultura em 2024 — desse modo, se tornou o primeiro brasileiro a comandar a instituição. Ricardo Santin, presidente do Conselho Mundial da Avicultura ee da ABPA | Foto: Divulgação Os países e empresas que fazem parte do órgão são responsáveis por 70% da produção e mais de 80% da exportação mundial de proteína de aves no mundo. Além disso, o executivo também preside a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a principal representante dos produtores de aves e suínos no país. Sem hormônio, o Brasil lidera o comércio de frango Atualmente, os criadores de frangos e de suínos respondem por cerca de 60% da carne disponível na mesa dos brasileiros. A importância do país no setor se estende além da segurança alimentar da população. “Na década de 1970, Attilio Fontana, fundador da Sadia, precisou unir 13 empresas para encher um contêiner e fazer a primeira exportação do setor”, lembra durante a entrevista. “Atualmente, o Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo e um dos maiores de suínos. As vendas estão em mais de 200 mil contêineres por ano. Houve muita coragem e empreendedorismo para o país chegar ao patamar atual. Exportamos proteína de frango para mais de 150 países. Na cadeia de suínos, os embarques alcançaram por volta de 95 nações. Essas vendas complementam a oferta local de cada país.”