Ana Carolina Guerra da Redação
O deputado estadual Max Russi (PSB) mantém protagonismo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) ao assumir frentes de atuação que envolvem tanto a fiscalização de serviços essenciais quanto o acompanhamento de políticas públicas de saúde. Entre os temas mais recentes que mobilizaram sua atuação estão o processo envolvendo a concessionária Energisa, os embates institucionais com o Supremo Tribunal Federal (STF) e a articulação para garantir a continuidade dos serviços da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
No setor energético, Russi tem reforçado a necessidade de debates aprofundados sobre a atuação da concessionária Energisa, responsável pelo fornecimento de energia em Mato Grosso. Segundo o deputado, a qualidade do serviço impacta diretamente a vida da população e a atração de investimentos para o Estado.
“Muitas vezes, a sociedade não consegue receber empresas ou realizar novos investimentos por falta de energia. Por isso, precisamos debater essa questão, especialmente neste momento de renovação da concessão. Esta é a Casa do Povo Mato-Grossense, é aqui que recebemos as cobranças da população. Se cruzarmos os braços e deixarmos para Brasília resolver, não estaremos cumprindo nossa obrigação. Quando vamos ao interior, os prefeitos relatam que não conseguem atrair indústrias devido à qualidade da energia, que danifica equipamentos. A Assembleia tem a responsabilidade de participar desse debate, seja por meio de audiências ou de uma comissão. Estivemos em Brasília, colocando nossas dúvidas, cobrando respostas, e vamos propor uma CPI para investigar a questão de forma aprofundada”, afirmou
Max ressalta que a população deve ser beneficiada nos parâmetros da renovação, e não apenas a empresa, e que o Legislativo estadual tem obrigação de responder às demandas dos cidadãos. Apesar de existirem instâncias federais, o parlamentar afirma que a ALMT é o local onde os cidadãos registram suas reclamações e esperam respostas efetivas.
A atuação do parlamentar junto à Energisa ganhou contornos de queda de braço com o STF, após a intervenção do tribunal em decisões da Assembleia relacionadas às investigações da concessionária. O deputado tem defendido a autonomia da ALMT, argumentando que é competência do Legislativo estadual fiscalizar serviços essenciais e que qualquer interferência externa deve respeitar a soberania da Casa. “Mesmo diante de decisões federais, a Assembleia precisa manter sua capacidade de decisão e responder à população mato-grossense”, destacou.
Russi também se manifestou sobre a série de irregularidades denunciadas contra a Energisa, incluindo cabos mal instalados que provocaram curto-circuitos e explosões. Ele enfatizou que a fiscalização específica é dever das prefeituras, mas que a Assembleia acompanha a questão de forma estratégica, inclusive estudando a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para aprofundar as investigações.
Paralelamente, Max Russi tem se posicionado em relação à Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, hospital de referência para procedimentos de alta complexidade. O deputado destaca que o fechamento da unidade não é aceitável e que é papel do Executivo estadual garantir uma solução efetiva.
“Não se trata de funcionar exatamente como a Santa Casa, mas sim de garantir uma estrutura de saúde eficiente em um prédio histórico e importante, que já presta atendimento. A solução precisa ser definitiva, concreta e com efetividade. Se o governo tem um plano, que ele seja implementado, porque é obrigação do Poder Executivo. Simples medidas temporárias, como rateios ou soluções paliativas por um ou dois meses, não resolverão o problema. Não é responsabilidade de empresários nem da Assembleia Legislativa arcar com essas despesas, até porque já contribuem com impostos. A responsabilidade, neste momento, é do governo ou da iniciativa privada, e acredito que essa solução será efetivamente garantida pelo Executivo”, finalizou.