Redação: Info Verus
Parlamentares da direita de Mato Grosso reagiram com duras críticas ao aumento de tarifas comerciais anunciado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil. A medida eleva em até 50% as taxas sobre produtos brasileiros exportados aos EUA, sob a justificativa de retaliação à suposta perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A maioria dos congressistas do estado alinhados ao bolsonarismo atribuiu a responsabilidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo eles, estariam promovendo restrições à liberdade e perseguindo opositores.
A deputada federal Coronel Fernanda (PL) afirmou que “Trump deu o recado e o Brasil ignorou alertas, perseguiu quem pensa diferente e tentou até calar os americanos”. Para ela, o país vive uma “ditadura disfarçada”.
Já o deputado José Medeiros (PL) classificou a situação como um “desastre desde janeiro de 2023”, responsabilizando diretamente a condução política do governo federal. “Alertamos que um país sem segurança jurídica não se sustenta. A conta chegou”, escreveu nas redes sociais.
O deputado Rodrigo da Zaeli (PL) também acusou o STF e o governo federal de perseguição à direita política e ao bolsonarismo. Ele citou o recado dado por Trump, que, segundo ele, foi claro: “Parem de nos perseguir”.
Em tom mais institucional, o senador Wellington Fagundes (PL) demonstrou preocupação com os efeitos econômicos da tarifa sobre a economia nacional e pediu um “plano de plantão” diante da crise.
Por outro lado, o deputado Emanuelzinho (MDB) foi uma voz dissonante e criticou quem celebrou a medida. “Comemorar uma atitude que ataca nosso próprio povo é maldade. Não precisa odiar o presidente Trump para repudiar essa medida”, escreveu.
A medida anunciada por Trump deve entrar em vigor em 1º de agosto e atinge diversos setores da economia, com impacto direto no agronegócio de Mato Grosso, especialmente na carne bovina. A tarifa é vista por analistas como uma estratégia do ex-presidente americano de interferir na política interna brasileira, usando argumentos políticos e judiciais para aplicar uma retaliação comercial.