Doze alunos da Escola Estadual José Domingos Fraga, com idades entre 12 e 13 anos, foram encaminhados para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na tarde desta segunda-feira (14), após um episódio inusitado e preocupante: foram perfurados com um aparelho de teste de glicemia que um dos colegas levou escondido para a sala de aula.
O equipamento, pertencente ao pai do estudante — que é diabético e usuário de insulina — foi utilizado de maneira indiscriminada e sem qualquer tipo de esterilização entre uma perfuração e outra. Segundo informações apuradas, o jovem teria retirado o estojo do aparelho de glicemia sem o conhecimento dos responsáveis e levado à escola com o objetivo de “testar” amigos.
Inicialmente, dois colegas aceitaram ser submetidos ao teste na sala de aula. Horas depois, eles repetiram a ação com outros estudantes, aplicando o lancetador nos braços e costas de pelo menos dez colegas adicionais, totalizando 12 vítimas. O uso do mesmo dispositivo em série, sem qualquer protocolo de higiene, levou à necessidade de testagem imediata para doenças transmissíveis pelo sangue.
Todos os envolvidos foram submetidos a exames para hepatites B e C, sífilis e HIV, cujos resultados, até o momento, deram negativo.
A Secretaria Municipal de Saúde e o Conselho Tutelar foram acionados pela direção da escola assim que o fato veio à tona. A equipe psicossocial da unidade de ensino também está acompanhando o caso. Assistentes sociais e conselheiros tutelares deverão se reunir com os pais dos adolescentes diretamente envolvidos na ação.
A situação levanta questionamentos sobre a vigilância de objetos de uso pessoal com potencial perfurocortante em ambientes escolares e evidencia a necessidade de ações educativas urgentes sobre riscos de contaminação e práticas de biossegurança.
✅️Siga nossos canais: ➡️ @boravermt ➡️ @boravermais ➡️ @boravercanarana
🎥: Fonte | g1