Agronegócio Governo de Goiás recebe uma delegação do gigante asiático que avalia o potencial do Estado para produzir esse alimento Artur Piva – 23 jan 2024 11:20 a- A+ A China é o maior consumidor de arroz do planeta | Foto:: U Aung/Xinhua Uma delegação da China está avaliando o potencial de Goiás para produzir e exportar arroz, um alimento basilar para a segurança alimentar do Brasil. O mercado chinês é o maior consumidor mundial desse grão no planeta. Membros da Universidade Agrícola de Yunnan (YAU) compõem a comitiva. Na segunda-feira 22, o grupo foi recepcionado por Daniel Vilela, vice-governador goiano, e Pedro Leonardo Rezende, secretário de Agricultura do Estado. A visita termina na quinta-feira 25. Goiás está de portas abertas para firmar novas parcerias com os chineses”, disse Vilela. “Vamos apresentar à China o potencial produtivo do arroz no Estado.” O arroz é uma das bases da segurança alimentar do Brasil | Foto: Agência Brasil/EBC Em 2023, os goianos colheram 82 mil toneladas do grão. Em 1987, ocorreu a maior safra da história da cultura no Estado: de 1,5 milhão de toneladas — quase 20 vezes mais, em comparação à última colheita. Mercado da China para o arroz do Brasil Atualmente, os chineses são os maiores consumidores desse grão no planeta. De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a demanda do gigante asiático de 2024 deve fechar em 150 milhões de toneladas. A maior parte desse volume será produzida pela agricultura chinesa. Contudo, o país ainda terá de importar 2,7 milhões de toneladas para alimentar sua população. Considerando a média de preços praticados pelos exportadores brasileiros em 2023, esse mercado vale US$ 2 bilhões. No ano em questão, a China pagou US$ US$ 778 por tonelada de arroz importada do Brasil — preço cerca de 80% maior que a média geral, conforme os dados da Balança Comercial brasileira. Consumo brasileiro Apesar do apetite da China, vale lembrar que o arroz é basilar para a segurança alimentar do Brasil. A colheita brasileira equivale a praticamente todo o consumo interno. Entretanto, o país mantém um fluxo de compras e vendas desse grão no mercado externo da ordem de 3 milhões de toneladas, somando exportações e importações.