Recentemente, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou o encerramento de alguns serviços bancários muito utilizados pelos brasileiros. Para quem está acostumado a fazer transferências bancárias, o Documento de Ordem de Crédito (DOC) foi fundamental nos últimos anos. No entanto, ele deve deixar de existir, já que caiu em desuso, o que significa que essa modalidade não estará mais disponível. Apesar disso, o DOC e o TED (Transferência Eletrônica Disponível) foram, durante muito tempo, os métodos principais nas transações financeiras, cada um com suas características particulares. No entanto, o Pix surgiu tomando o espaço de várias delas, devido aos avanços da tecnologia e suas vantagens, redefinindo o cenário financeiro no país. Conforme as informações divulgadas, as operações do DOC serão descontinuadas a partir das 11h do dia 15 de janeiro, não sendo mais possível usufruir do serviço. Além disso, a Febraban informou que as últimas transações agendadas poderão ser realizadas até o dia 29 de fevereiro, quando está programado o encerramento definitivo do sistema. Assim, bancos como Bradesco e Caixa seguem o cronograma estabelecido pela Febraban, enquanto Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander já interromperam as operações com DOC. Pix é o pagamento instantâneo brasileiro criado pelo Banco Central, estando entre as modalidades de transferência mais utilizadas atualmente. (Reprodução/Internet) Encerramento de outro método de transferência Além do DOC, a Transferência Especial de Crédito (TEC), utilizada principalmente por empresas para pagamento de benefícios a trabalhadores, também será descontinuada. Ambas as modalidades têm um valor máximo de transação de R$ 4.999,99. No entanto, o DOC tem o prazo de um dia útil para efetivação da transferência, enquanto a TEC garante a transferência no mesmo dia. Neste caso, o calendário de encerramento dessas modalidades foi previamente divulgado aos bancos, dando tempo para que se ajustassem às mudanças. Os avanços do PIX Embora exista uma preocupação quanto à adaptação dos consumidores com a falta dessas modalidades de transferência, os especialistas afirmam que o PIX, método de transferência bancário instantâneo, já está consolidado no país e está entre as transações mais utilizadas desde o lançamento, em 2020. Por isso, o DOC acabou sendo substituído por métodos mais inovadores. Para Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban, o desinteresse dos brasileiros pelo DOC foi impulsionado pela chegada de meios de transferência mais rápidos, com destaque para o Pix. Dados do Banco Central revelam que no primeiro semestre de 2023, foram realizadas apenas 18,3 milhões de transações via DOC, representando apenas 0,05% do total de 37 bilhões de transações feitas no ano. Em comparação, o Pix foi classificado como favorito dos brasileiros, registrando 17,6 bilhões de operações em 2023. Outras modalidades como cheque (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões) e cartão de crédito (8,4 bilhões) também superaram o DOC em preferência. Portanto, Faria observou que ambos, tanto a TEC quanto o DOC, perderam espaço nos últimos anos na realidade financeira atual do país, à medida que os clientes optaram pelo Pix, atraídos por sua gratuidade pela possibilidade de transacionar valores de forma imediata.